A indução da ovulação nos ciclos de baixa complexidade (coito programado e inseminação intrauterina) é uma das etapas que aumentam as taxas de sucesso. As medicações mais usadas para esse fim são o letrozol e o clomifeno.
O letrozol é um in ibidorda aromatase, enzima responsável pela conversão de and rostenediona e testosterona em estrogênio. Com a redução do estrogênio, há um efeito de aumento da secreção de GnRH e gonadotrofinas, com consequente estímulo ao crescimento folicular ovariano. Como não age sobre os receptores de estrogênio e tem meia-vida curta (diferentemente do citrato de clomifeno), não exerce efeito deletério sobre o endométrio e muco cervical.
Seu uso se dá nos primeiros dias do ciclo menstrual, por um período de 5 dias, com doses que podem variar de 2,5 a 7,5mg/dia por via oral. O acompanhamento ecográfico durante a indução da ovulação é sempre recomendado, pois irá confirmar a resposta à medicação, através do crescimento folicular e do endométrio.
Ensaios clínicos randomizados que compararam o citrato de clom ifeno ao letrozol evidenciaram maiores taxas de ovulação, gestação e nascidos-vivos nos grupos que utilizaram o letrozol, além de menores taxas de gestação múltipla e taxas semelhantes de abortamento e malformações fetais. Sendo assim, o letrozol deve ser a primeira escolha na indução de ovulação nos tratamentos de baixa complexidade.
Referências: Fatemj HM, Kolibionakis E, Tournaye H, Camus M, Van Steirteghem AC, Devroey P Clomiphene citrate versus letrozole for ovarian stimulation: a pilot study. Reprod Biomed Online. 2003 Nov;7(5):543-6, doi: Legro, Richard et al Letrozole Versus Clomiphene for Inferti/ity in the Polycystic Ovary Syndrome; July 20/4. New England Journal 10.1056/NEJMoa13135J7